Desenhista

à Juliana Castro

Sobre a folha quase branca
Corre um traço em fino tom.
E vai e volta e forma um rosto
Sustentado pela mão.

A luz passeia pelo rosto
E faz contorno pela sombra.
E vai e volta e se contempla:
Quer ver melhor a posição.

Quem pinta assim a folha
Sabe bem quando acabar:
No traço leve em mão suave,
Faz um arco para aparar
A escuridão do seu grafite
Ali no canto...
Onde a sombra vem se desmanchar.

2 Sussurros:

Jaime A. disse...

Tens um ritmo muito teu que marca qualquer poema.
Este desenhista teve a sorte de te ter como "pintora"...

Max Raine disse...

Desenhaste bem definido tua própria essência nestes versos...
Não há como definir aquilo que é indefinido.
Parabéns!

Quem sou eu

Minha foto
Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

Pesquisar este blog