Faz tempo, um dia eu vi,
num destes arrabaldes de solar,
mundialmente conhecido como mar,
a luz de foz traçada clara sobre um vidro.
Meu Deus!
Não sou atéia, mas duvido,
que nesta terra úmida de limo
a areia branca possa ao por do sol iluminar.
Um concerto de luar, azul azul de enfeitiçar
um olho negro, um céu vermelho,
o paradoxo solar no espelho,
e minha voz emudecida pela voz do mar.
Me contem outra história
caduca de palavras repetidas,
porque não há visão melhor pra se lembrar
do que a luz amortecida deste mar
guardada pelo vão do sol na minha retina.
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