Bicho grilo

Não se enganem comigo,
Sou largada feito um bicho grilo.

Não obedeço à regras nem consensos,
Por vezes esqueço-me o que penso
E não volto nunca atrás do que consigo.

Minha vida corre sempre muito alheia,
Às vezes perco o timbre, perco a meia.

Sabe lá, calcinha ou meia!

Mas não sou além do mais
Maior que as coisas que cativo.

Prudência

Minha sorte é peregrina
Como a folha que caminha sem andar.
Ou passa em voltas feito ventania
Que em meia volta mostra a cara
Para me lembrar...

Que é mais fria a mesa
Quanto mais se espera para sentar,
Que é mais fresco o vinho se bebido
Em tempo de engarrafar.
E que prudência é qualidade
Que por vezes faz atrapalhar.

O farol


Olhai, comei, bebei!

Junto a tudo o que edifiquei

Veio a sorte má e derrubou.

De tudo, o nada em troca me deixou

E só, com a vida aqui fiquei.

Quem sou eu

Minha foto
Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

Pesquisar este blog