Plenitude
Postado por
Silvana Bronze
on 29 de jan. de 2009
Nestes dias de chuva
que passam, que vão
um leve vento de solidão
vem roubar meu momento.
Sou qualquer número ímpar,
sempre sobro, sempre resto.
Não há como eu qualquer
em qualquer outro lugar.
Mas trago comigo a voz
de um punhado de velhos poetas
que por vezes me sopram os ouvidos
e por disso me torno completa.
que passam, que vão
um leve vento de solidão
vem roubar meu momento.
Sou qualquer número ímpar,
sempre sobro, sempre resto.
Não há como eu qualquer
em qualquer outro lugar.
Mas trago comigo a voz
de um punhado de velhos poetas
que por vezes me sopram os ouvidos
e por disso me torno completa.
Escadinha
Postado por
Silvana Bronze
on 24 de jan. de 2009
E ando pensando
Que há pouco sentido
No que se passa comigo.
E sei,
É bem coisa minha
Dos meares que desejo
Pensamentos de escadinha.
Fujo a pé,
Porque longe já não ia,
De uma louca inspiração
Vem chamar no fim do dia.
Poetar
Não tem segredo.
É da alma a ocupação
E expressar-se sem ter medo.
Chove
Postado por
Silvana Bronze
on 18 de jan. de 2009
Chove.
Travestindo de cinza o entardecer de verão.
Água para os maus pensamentos destilar.
E em meus minutos rotos vai afogar
utopias deste pobre coração.
Dias como os de hoje me fazem lembrar:
que de hipóteses erradas
tenho mais de um milhão,
que sinto pena desta minha condição.
E que também posso mentir
como segunda opção.
Mas sempre me esqueço disso.
Trova
Postado por
Silvana Bronze
Pelos vincos de uma vida eu caminhei,
quando ali um triste homem encontrei.
Que assim me disse no meio do caminho:
- Me desculpe, mas aqui sigo sozinho.
- Não despreze a minha companhia, Senhor,
que por essas bandas hoje somos só nós dois.
Não é bom ficar só, pois o caminho é perigoso.
E não vá fazer coisa de se arrepender depois.
Dos problemas o destino não nos vai poupar,
justamente quando para nós o sol for se deitar.
E saiba que o silencio não é o inverso do perigo.
Por isso mesmo vem e caminhe aqui comigo.
Atordoado este triste homem respondeu:
- Prefiro seguir sempre sozinho a minha vida
Não maldigo a solidão que esta me deu.
Por isso não te ofendas, que isso é coisa minha
Deu de ombros e assim seguiu em frente.
Eu vejo as pessoas que se cruzam com a gente
e não compreendo que motivos alguém têm
para na vida não querer a companhia de outro alguém.
quando ali um triste homem encontrei.
Que assim me disse no meio do caminho:
- Me desculpe, mas aqui sigo sozinho.
- Não despreze a minha companhia, Senhor,
que por essas bandas hoje somos só nós dois.
Não é bom ficar só, pois o caminho é perigoso.
E não vá fazer coisa de se arrepender depois.
Dos problemas o destino não nos vai poupar,
justamente quando para nós o sol for se deitar.
E saiba que o silencio não é o inverso do perigo.
Por isso mesmo vem e caminhe aqui comigo.
Atordoado este triste homem respondeu:
- Prefiro seguir sempre sozinho a minha vida
Não maldigo a solidão que esta me deu.
Por isso não te ofendas, que isso é coisa minha
Deu de ombros e assim seguiu em frente.
Eu vejo as pessoas que se cruzam com a gente
e não compreendo que motivos alguém têm
para na vida não querer a companhia de outro alguém.
Postado por
Silvana Bronze
on 13 de jan. de 2009
Preleção
Quando criança volta e meia
muito feliz assobiava.
Logo alguém mais velho advertia:
“chamando cobra?”
Quando criança volta e meia
muito feliz assobiava.
Logo alguém mais velho advertia:
“chamando cobra?”
Poema sem nome
Postado por
Silvana Bronze
on 6 de jan. de 2009
Se pudesses espiar aí onde bate meu coração
verias muito mais do que uma veia pulsar.
Verias o movimento de um sentimento a lutar
e a suave batida de uma simples canção.
Se pudesse falar-te do desejo que esta pena não cura,
da chuva fina que nele habita e não pára,
da pedra clara de uma ferida leve que não sara
e dos pedaços quebrados de minha pequena loucura.
Aí verias um sol, e assim saberias então
do tempo perdido que eu não queria,
do estalar devagar da lembrança vazia
e da palheta perdida do teu violão.
verias muito mais do que uma veia pulsar.
Verias o movimento de um sentimento a lutar
e a suave batida de uma simples canção.
Se pudesse falar-te do desejo que esta pena não cura,
da chuva fina que nele habita e não pára,
da pedra clara de uma ferida leve que não sara
e dos pedaços quebrados de minha pequena loucura.
Aí verias um sol, e assim saberias então
do tempo perdido que eu não queria,
do estalar devagar da lembrança vazia
e da palheta perdida do teu violão.
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