À Marília de Cecília


Marília tinha um lenço...
Umedecido de lágrimas perdidas,
Apertado com força entre a palma e os dedos,
Estancava o azul de uma veia partida.

Sentada de costas à porta,
Marília zangada e chorosa esperava visita.
E sabia que o dia sangrava cansado,
E sabia que à noite o amor não viria.

Entre as rosas e as linhas bordadas,
Sossegava Marília mentindo,
Que no seu coração se acalmava
Uma força sem mal nem medida.

Quem sou eu

Minha foto
Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

Pesquisar este blog