O crime das rosas

Quando orgulho aflige a memória
águas claras me mancham os dedos.

E no lago das águas que guardam o tempo,
a marca horrorosa de um velho segredo.

Sobre os cravos, o crime das rosas.
E nós quatro de tudo
sabemos .

Aposta com o Diabo

Sopram ventos nesta meia noite,
quando bate o relógio de pau.
Eis que surge um pequeno diabo
no meu quarto a tocar marimbau.

Dança e gira a pequena figura,
faz injúria às lascivas paredes,
bate o pé, nos meus móveis batuca,
com o rabo me arranha o corpete.

Se pergunto ao pequeno vermelho
quem será esta sombra perdida?
Com malícia faz pose no espelho,
me convida a pensar minha vida

Ó noites mal dormidas!
amores mal resolvidos,
amizades mal discutidas,
me cochicha o diabo aos ouvidos.


E mais perto sussurra à malícia:
- Esqueça a vida sugiro uma aposta,
ser capaz de gozar das delícias
de um jeitinho que o diabo gosta.


Quem sou eu

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Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

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