Velha espada

Ainda de bainha fria e cabo quente,
Arde a lâmina inflamada
Sobre as velhas fardas fluorescentes
Dos fantasmas que lutaram noutro dia
Sem motivos e remanescentes.

Vem contigo um véu constante,
Velha espada,
Uma lembrança embaraçada,
Uma elegia, um velho campo de batalha
E a voz de um deus de guerra descontente.

Teu fino fio cortante ameaça o tempo
Que aqui meu peito aflora:
Se não cumprisses teu destino antes,
Velha espada,
Que seja feito então agora.

Pois já cansei de batalhar na fina chuva.
Hoje é com peito nu que te deparas,
Velha espada.
Teu nó meu aço velho encurva
E voltas para poderoso nada.

3 Sussurros:

Mr. Rickes disse...

Mais um belo poema, mas esse eu não entendi nada!

=D

Alice C. disse...

queria conseguir colocar esse peso poético nas minhas coisas.

Rafael disse...

É impressão minha ou esta poesia tem uma carga erotizante totalmente flamejante? ADOREI!!!

Adorei saber que escreves coisas tão fortes e adorei encontrar esse lugar, e ainda, adorei encontrar uma amiga no mundo virtual.

Virei fã de carteirinha!!!!!

Quem sou eu

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Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

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