O Canto Liberto

Não tarda o triste povo
A dar seu grito em liberdade.
Virá das ruas, das cidades,
E dos pulmões em pleno sopro.

Pois tão cruel tem sido
O trato dado a esta gente,
Que mais se dá e muito sente
A viva voz do despotismo.

Contra toda a tirania governante
Que oprime a humanidade,
Que se esconde da verdade,
Virá do povo, apraz, a mão cortante.

Porque já é hora de saber mais
E ver o rosto do poder que já ruiu.
Pois se um dia um déspota caiu,
Há de cair outros mais.

3 Sussurros:

Mr. Rickes disse...

Me lembrou Don Neruda em Canto General.

=D

ZÉ URBANO disse...

ê êoo vida de gado,povo marcdo ê, povo feliz! Já estamos meio sem forças prá quebrar essa louça, mas a gente vai levando...a gente vai levando na B... abç. bj

Everton Cosme disse...

Tua última estrofe lembrou-me muito a métrica do Augusto dos Anjos e grande parte de seus poemas. Gostei muito desta poesia, é quase um manifesto contra as tiranias universais. Muito legal!!!

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Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

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