Oportuno tempestiva

A longa planície sustenta a paisagem verde
iluminada pela tempestade que revela sua sede.
Na altura do horizonte a larga coluna de pinheiros
guarda o espetáculo que se anuncia ao fim do dia.

Chove.

Ao fundo, o sol se esforça para ultrapassar
a espessa camada de nuvens cinza.
Uma imagem assustadoramente fascinante,
um belo quadro em fresca tinta.

E o vento zangado assobia grave
pelas frestas das janelas entreabertas,
enquanto um raio azul
despedaça o céu constante e nu.

Chove.

Meu espírito reside na beleza violenta das tempestades,
que assim como eu não são de uma só intensidade.

Observo calada, alheia ao tempo
e vazia da alma levada por um vento.
Não distingo mais nada do caos que é

natureza, alma e momento.

2 Sussurros:

Mr. Rickes disse...

É muito bom ler seus poemas. Fico feliz de ter você como companheira de grupo. Claro que coloquei no orkut, afinal, é uma honra terum poema feito por ti.
Sucesso!

0/

Suellen Rubira disse...

Eu acho tudo tão suave e tão selvagem ao mesmo tempo! =)

Quem sou eu

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Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

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