Hoje declaro minha morte.
Morro sem dó nem rancor,
Morro de morte pensada
E de uma conversa marcada
Na falta da prova indolor.
Morro da verdade inventada
E por mim tantas vezes querida;
De uma idéia de juízo tolhida,
Sem pé, nem cabeça, nem nada;
De uma idéia que me enganava.
Não sei se mais mata o engano,
Ou a tolice que antes me consumia.
Se a questão que agora me arrasa
É a certeza da palavra vazia,
Neste instante me quero sensata.
Não procuro mais exatidão.
Quero franqueza comigo mesma;
Sobre um desejo que castiga e mata,
Que diante da morte não cala
Mas no meu pensamento se acaba.
Sei que morrem as idéias
E vão morrendo com os dias
E com elas outros valores;
Valores que outrora queria;
Queria porque calavam amores.
8 Sussurros:
"Morro da verdade inventada
E por mim tantas vezes querida;"
ahhh como me identifico! =D
"Hoje declaro minha morte.
Morro sem dó nem rancor,[...]"
Quantas vezes não moerraemos diariamente?
Que lindo teus sussurros!
"Não sei se mais mata o engano"
Nossa!
MONSTRO!!!
Cada dia que passa, mais me encanto.
Morremos e renascemos constantemente. A morte faz parte da vida e necessitamos dela tanto quanto de água.
0/
pequenininha...quem olha de longe não reconhece a imensa artista que mora nesse corpo frágil e nesse rostinho meigo...lindo...ainda bem que morres apenas de morte pensada...
Obrigada pelos comentários!!!!!!!
Suas poesias são muito bonitas também!!!!!!!!
Adorei!!!!!!!
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