(cemitério de navios)
Eu quero que a água que trouxe
Leve de volta.
Pois desde sempre recolhi na beira
Os pedaços de tudo que a maré
Carregava enjoada e revolta.
Eu nasci na cidade das águas
Onde mar tem trazido os destroços de si.
Recolhi cada qual como o nada,
Cada um como um pouco de mim.
Mas não pude evitar a chegada.
Quando formavam de todo um navio
Colocavam-se em pé sobre a água,
E partindo sem dó nem parada
Só deixavam comigo um vazio
E uma voz em tormenta velada.
Que leve de volta
E na volta não morra tão calma.
Pois que eu que embalei a jornada
Já não tenho mais força nem alma
Para juntar os pedaços de mim.
5 Sussurros:
De arrepiar!
Adorei.
Nada é nosso!, e quando pensamos que temos, puft......sumiu!!
Mto locooooo!!=)
Lembrei de uma citação, na qual a vida era comparada com o mar, no qual vemos o ponto de partida, na praia, mas no horizonte, nada, nada...
Ter o que juntar, é carregar a bagagem da vida, seja ela trazida pelo mar ou pelo vento...
Porem uma coisa aprendi.
A bagagem mais pesada está em nossa mente...
Teus traços são lindos de sorver...
Bjus
Tomei a liberdade de escrever, finalmente, tenho alguns poemas meus em comunidades q uma amiga criou, o seu blog é daqueles q mesmo tendo preguiça de ler, eu leio tudinho, mas só nao vi tdo ainda por q estou bêbado,voltarei mais vezes pra dar uma conferida.
Excelente, Tá de parabéns...
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