Fluir, correr, voar.

Se te mata a vida

Com o peso de ser,

Perdido no tempo

Sem tempo de estar,


Enterra o teu lado

Que tudo quer ter.

E foge do mundo

Que mata o pensar.


Vai sentir o vento

Que passa a dizer

Que a vida é bem mais

Do que se acumular,


Que há muito mais

Que se possa viver

E com a verdade

Tu vais te encontrar.


Levanta contigo

A poeira no ar,

Te deixa fluir

Como a água do mar,


Dá voltas no mundo

Pra não mais voltar

E só leva contigo

O que gostas de ter.


Vai, deixa o destino

O teu passo guiar.

Dá as costas ao vento

Que vai te empurrar


No passo descalço

Para não te encontrar

A vida pequena

Que mata o teu ser.

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Quem sou eu

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Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

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