Tu és a sombra de uma folha
Que morreu no meu jardim,
Um reflexo falso de outra coisa
Que tão somente o nome
Já morreu dentro de mim.
De tristeza em semelhança
Vou contando os velhos traços
E juntando cada caco,
E contando cada posso,
Para formar o espelho mágico.
Que estranheza que me causa!
Ver um cravo do jardim
Refletido assim sem aço
Bem diante assim de mim.
Mas garanto que isso passa!
5 Sussurros:
muito legal artista!!!
bjs
Nós, os lusófonos, escrevemos a tristeza de uma forma tão sublime... E este texto é isso mesmo: sublime e mágico.
Continua, por favor :)
Mas não tomes por ofensa tudo aquilo! São apenas devaneios que escoam de minha mente nessas noites solitárias que tenho vivido.
Já virou quase que uma frequente estabelecer essa metalinguagem nos meus escritos, inserir o que sou no que escrevo.
Mas no mais, o que não somos se não um bando de sonhadores que nunca encontrarão seus objetivos?
Mas apesar de tudo, adoramos ser assim.
Até mais
Sim, é verdade. No entanto, um brasileiro meu amigo uma vez disse-me que o estragava o carácter do português era o fado, que precisamente vocês aí no Brasil não têm; é o país do samba...
Curiosamente perpassa também pela vossa literatura uma sombra...
tens razão: adoramos ser assim!
Silvana,
Passa... Até porque, mesmo para um espelho mágico, seria desafio enorme guardar o reflexo da sombra de uma folha...
Passa..., como passa.
;)
Beijos,
Marcelo.
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