Entre Freud e Kant


A salvação a qual procuro
Não mora numa casa ensolarada
Mas num quarto sempre escuro.

A salvação a qual procuro
Não reside em prece, em carne morta;
Mas em ter um tal controle do impulso.

A salvação a qual persigo
Nada tem a ver com aqueles
Que se julgam merecedores de outro céu,

Nem com a vida em cativeiro,
Nem com a morte em redenção,
Mas sob a liberdade de escolha
Que ocupa toda a forma pura de razão.

3 Sussurros:

ítalo puccini disse...

cacete, que poema bem construído!

li, reli, treli.

parabéns pelo cuidados com os versos.

Fatima Hernandes disse...

Esse teu poema. Tão cheio de nuances. De uma força... Sei lá... Como se fosse o senhor dos ossos a recitá-lo.

Jaime A. disse...

A liberdade está na escolha, de facto. E escolheste uma forma também "muito poética" de exprimir essa liberdade. Gostei muito deste te teu poema tão "descritivo".

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Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

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