Diário

Muitas coisas passam
Ali onde os meus pés se passam.
E entre as coisas que caminham
Um pensamento fixo se encarrega
De fazer a mente fria e dolorida.

Não sei por onde a vida vai,
Mas tenho tido medo do futuro,
Das idéias descabidas,
Das pessoas coloridas
E das feridas que não curo.

Quando o sol nasce tão baixo
O dia é sempre todo baixo,
O dia é sempre todo cinza.
E as folhagens se acumulam
Na calçada que não tem pazinha.

Quando sinto a vida assim
– E tenho sentido há muito tempo –
É que me vem à mente o velho pensamento:
Meus Deus,
Será que eu ainda tenho salvação?

1 Sussurros:

Jaime A. disse...

A vida, sempre ela, nestes teu diários com palavras que descrevem tanto...
Haverá salvação sim, confia...

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Sou o verbo: o estado, o tempo e a ação contínua.

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