Um pervertido
que troca de caneta, de gosto, de rosto,
na mais satisfatória vontade de definir as coisas da vida.
É pervertido,
não perverso, nem travestido.
Não!
Antes bem mais um príncipe abastado,
rico de palavra, cujo universo somente pode existir
mediante ao exercício constante da arte de polir a metáfora.
Um pervertedor, um adjetivador,
biruta, pirado, sem compromisso
com a lógica razão lógica.
O curinga nada mais é
do que o arlequim magricela do folclore veneziano
que rouba demasiadas vezes a mulher do Pierrô.
Eis o poeta.
Nunca puro, nunca casto.
Não contêm a sua natureza
nada que remeta a qualquer ideal castratório.
Não é, porém, marginal num sentido criminoso.
Está mais para um vadio, um vagabundo luxurioso
que perverte os outros à sua prática ilusória da Poesia.
2 Sussurros:
é o verso também um pervertido :)
adorei!
beijo.
Perversidade é nos privar de tuas linhas....
Lembra Sil, pra mim você não é somente Bronze, mas é ouro reluzente e com direito aos louros gregos!!!!!
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